terça-feira, 11 de novembro de 2014

Engenharia do Conhecimento e sua sua evolução - Parte 1

Dizem que a melhor forma de entender alguém ou algo é fundamental conhecermos sua história. Por tanto vamos conhecer um pouco da história e do desenvolvimento dos conceitos e ideias que fundamentaram a engenharia do conhecimento. Este assunto será dividido em duas partes. A primeira retratará características dos primeiros paradigmas da Engenharia do conhecimento. A segunda parte retratará as mudanças que ocorreram e como surge o novo paradigma da Engenharia do Conhecimento.

Então vamos lá!

O primeiro registro da menção de Engenharia do conhecimento como um processo para de modelagens e representações do conhecimento formando um sistema especialista, ocorrem já na década de 60. Nesta época ao se identificar uma ferramenta de codificação, ela seria aplicada, mesmo sem haver um estudo de seus resultados, gerando dificuldade de reproduzir os resultados eficazes de protótipos quando aplicados à problemas reais. Isto gerava ineficiência, queda na relação custo/benefício e problemas com o prazo de entrega. Foi justamente este cenário que impulsionou o “esforço com o objetivo de transformar o processo incremental de construir sistemas baseados em conhecimento em uma disciplina da Engenharia baseada em métodos, linguagens e ferramentas especializadas” (Studer, Benjamins et al., 1998).

A seguir temos um trecho do artigo “UMA REVISÃO DA ENGENHARIA DO CONHECIMENTO: EVOLUÇÃO, PARADIGMAS E APLICAÇÕES” desenvolvido por Mara Abel e Sandro Rama Fiorini, capaz de ilustrar bem o processo inicial do desenvolvimento da Engenharia do Conhecimento:

“As primeiras metodologias da Engenharia de Conhecimento tinham uma abordagem focada na transferência de conhecimento dos indivíduos, basicamente os especialistas que detinham o conhecimento, para formalismos de representação e métodos de raciocínio. Os sistemas construídos buscavam reproduzir o mecanismo de solução de problemas dos especialistas nos sistemas gerados, na mesma forma como as pessoas faziam. A compreensão dos métodos de raciocínio individuais mostrou-se um forte limitador desta abordagem, principalmente porque mecanismos humanos de resolução de problemas são fortemente baseados em ponderações de incertezas, além de acoplados e dependentes dos variados modelos mentais que lhe dão suporte. Esses modelos mentais mostraram-se complexos e ineficazes quando transpostos para o computador, sem mostrar contribuição significativa na qualidade da solução gerada pelos sistemas. Sistemas baseados em regras (Buchanan e Shortliffe, 1984), redes semânticas (Duda, Hart et al., 1978) e redes bayesianas (Flores, Hoher et al., 2001) são exemplos que adotaram essa abordagem.”

Aqui encerramos esta primeira parte. A parte dois já está disponível aqui.
As referências utilizadas para o desenvolvimento deste post se encontra logo abaixo.


Referências: 

UMA REVISÃO DA ENGENHARIA DO CONHECIMENTO: EVOLUÇÃO, PARADIGMAS E APLICAÇÕES. ABEL, M; FIORINI, S. R.; 
Disponível em < https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=4&cad=rja&uact=8&ved=0CC8QFjAD&url=http%3A%2F%2Fincubadora.periodicos.ufsc.br%2Findex.php%2FIJKEM%2Farticle%2Fdownload%2F2136%2F2469&ei=YghiVLTwBoeeNoXmg7AI&usg=AFQjCNGmajqcVYYGfBqFslXoxRx1g7e7rQ&sig2=pc51WASFGZEGmap1rtSG4A&bvm=bv.79189006,d.eXY > 

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DO CONHECIMENTO. PACHECO, R.  
Disponível em < http://pt.slideshare.net/rpacheco/engenharia-do-conhecimento-e-inteligncia-artificial-aula-13 > 

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