Daremos continuidade a evolução da engenharia do conhecimento.
A primeira parte você pode acessar aqui. Então vamos la!
Nos anos 90 surgiram
diversos trabalhos que influenciaram a mudança de paradigma da Engenharia do
Conhecimento que passou a focar mais na parte de modelagem. Alguns destes
estudos foram: a proposta do Nível do Conhecimento de Alan Newell em 1982;
estudo sobre ontologias de Gruber em 1995 e de Guarino em 1998; e projetos do
programa Europeu Esprit, números P12, que deram início a proposições sobre a
metodologiaKADS. A nova visão criada busca “um modelo da interação de um agente
inteligente com o meio, de forma a reproduzir os resultados dessa interação em
termos de solução de problemas” (Velde, 1993), e procura explorar mais a
inteligência de máquinas.
Outra parte do artigo desenvolvido por Mara Abel e
Sandro Rama Fiorini, já mencionados aqui caracteriza outras mudanças do novo
paradigma da Engenharia da computação:
“Como reflexo desta mudança, os
termos sistemas especialistas, que faziam referência à imitação de um
especialista humano, e sistemas baseados em conhecimento, que eram dirigidos
por conhecimento humano, foram substituídos pelo termo mais geral sistemas de
conhecimento (Schreiber, Akkermans et al., 2000), que define “qualquer sistema
de informação que gerencie, armazene e/ou aplique conhecimento organizacional
explicitamente representado”. O foco atual da Engenharia de Conhecimento é
permitir que as organizações se apropriem do seu conhecimento, eventualmente
disperso nos trabalhadores de conhecimento, documentos e sistemas, e com ele
agreguem valor aos seus produtos e serviços. Desta forma, serve aos objetivos
da Gestão do Conhecimento: ”criar, adquirir, compartilhar e utilizar ativos de
conhecimento”; ou ”estabelecer fluxos que garantam a informação necessária no
tempo e formato adequados, a fim de auxiliar na geração de ideias, solução de
problemas e tomada de decisão” (Boff, 2000).
Desta forma, foram alargados os
horizontes de aplicação da Engenharia de Conhecimento. Hoje, a maior demanda de
estudos dá suporte a projetos de Gestão de Conhecimento nas organizações
(Preece, Flett et al., 2001; Lai, 2007). Outras áreas fortes de aplicação
referem-se à construção de Ontologias nos mais variados domínios
(Fernandez-Lopez e Gomez-Perez, 2002), especialmente impulsionada pela WEB
semântica (Bartalos, Barla et al., 2007). Além destas, a Engenharia de
Conhecimento mantém o objetivo original de constituir-se numa metodologia para
construção de sistemas baseados em conhecimento (Abel, Silva et al., 2004).”
Daí temos que a Engenharia do conhecimento pode ser entendida hoje como uma ciência que tem o conhecimento como objeto de seu estudo, tornando-o tratável, replicável e produzível. Oferecendo a metodologia para tornar esta construção do conhecimento possível.
Fontes:
UMA REVISÃO DA ENGENHARIA DO CONHECIMENTO: EVOLUÇÃO, PARADIGMAS E APLICAÇÕES. ABEL, M; FIORINI, S. R.;
Disponível em < https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=4&cad=rja&uact=8&ved=0CC8QFjAD&url=http%3A%2F%2Fincubadora.periodicos.ufsc.br%2Findex.php%2FIJKEM%2Farticle%2Fdownload%2F2136%2F2469&ei=YghiVLTwBoeeNoXmg7AI&usg=AFQjCNGmajqcVYYGfBqFslXoxRx1g7e7rQ&sig2=pc51WASFGZEGmap1rtSG4A&bvm=bv.79189006,d.eXY >
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DO CONHECIMENTO. PACHECO, R.
Disponível em < http://pt.slideshare.net/rpacheco/engenharia-do-conhecimento-e-inteligncia-artificial-aula-13 >
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