terça-feira, 18 de novembro de 2014

Metodologias da Engenharia de Conhecimento

Brevemente sobre o que é Metodologia

Toda Metodologia é resultado da composição de diferentes componentes, desde a visão de mundo sobre o domínio para o qual ela se aplica até a utilização das ferramentas que ela dispõe. 


Princípios da Engenharia do Conhecimento

A Engenharia do Conhecimento moderna é baseada em um conjunto de princípios,  não é um método de “mineração sobre a cabeça de um especialista”, e sim consiste em construir modelos dos diferentes aspectos do conhecimento humanos.

Tradicionalmente, a engenharia do conhecimento era vista como um processo de “extrair” ou “minerar da cabeça do especialista” e transportá-lo em forma computacional para uma máquina. Essa visão se mostrou uma visão simplista e ingênua, hoje a engenharia do conhecimento é concebida como uma atividade de modelagem, um modelo é uma abstração útil de alguma parte da realidade, modelar é construir uma boa descrição (i.e., bom o suficiente para seu propósito) de somente uns poucos aspectos do conhecimento e deixar de lado o restante.

Neste sentido, modelos são úteis porque todos os detalhes de um conhecimento especializado não são suficientemente acessíveis nem necessários aos objetivos de conhecimento na maioria dos projetos, um modelo permite focar em alguns pontos e ignorar os demais.

Princípio de nível de conhecimento: na modelagem do conhecimento, primeiro concentre-se na estrutura conceitual do conhecimento e deixe os detalhes de programação para depois. A maioria dos desenvolvedores de sistemas tem uma tendência compreensível de tomar o sistema computacional como o ponto de referência dominante em suas atividades de análise e projeto. Mas há dois pontos de referência importantes, o artefato computacional que se deseja construir e, mais importante, o lado humano, a situação de mundo real que a engenharia do conhecimento trata estudando especialista, usuários e seu comportamento no local de trabalho, envolvidos em um contexto organizacional mais amplo de resolução de problemas .

Embora a arquitetura de conhecimento é claramente mais complicada do que a que é capturada em sistemas baseados em regras, conhecimento tem estrutura compreensível e essa é um ponto prático para se fazer uma bem-sucedida análise do conhecimento. Conceitualmente, modelos de nível de conhecimento nos ajudam a compreender o universo de solução de problemas humanos pela elaboração da tipologia de conhecimento .

Um resultado importante da engenharia do conhecimento moderna é que o conhecimento humano pode ser analisado em termos de categorias estáveis e genéricas, padrões e estruturas de conhecimento, assim, nós modelamos conhecimento como um todo bem-estruturado funcional, as partes do qual assumem papéis diferentes, reconstrutores e especializados na resolução humana de problemas.

O desenvolvimento de sistemas de informação simples ou bem conhecidos geralmente toma uma rota de gestão fixa. Isso ocorre especialmente no chamado “modelo cascata” de desenvolvimento de sistemas. Esse consiste de um número de estágios pré-definidos em uma sequência previamente conhecida: preparar e planejar o projeto; descobrir os requisitos do cliente; especificar e projetar o sistema; programar, testar e entregá-lo – e nesta ordem somente.

Conhecimento é muito rico e muito difícil para compreendê-lo como confinado uma abordagem rígida .Prototipagem rápida se tornou, então, muito popular em sistemas de conhecimento pois permite aprender com o que se produz e rapidamente mudar o curso do projeto quando necessário. A falha na prototipagem rápida está na natureza ad hoc difícil de predizer e de gerir .

CommonKADS , então, favorece uma abordagem para gestão de projeto mais configurável e balanceada , mais flexível que o modelo cascata e mais controlável que a prototipagem rápida. Projetos de conhecimento seguem uma abordagem espiral que capacita a estrutura de aprendizagem , em que os resultados intermediários agem como estágios para os passos a serem tomados na seqüência. Para determinar esses passos, a noção de objetivos e riscos é de suma importância.

Referências

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento Florianópolis, Abril de 2006

Schreiber. et al, 2002


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