Dando continuidade sobre as camadas da web semântica falaremos hoje sobre as camadas centrais: RFD M&S, RFD Schema e Ontology (ontologia)
Começaremos pela RDF M&S:
O RDF
M&S - (Resource Description Framework) foi apresentado por Lassila e Swick,
em 1997, como um mecanismo para representação de metadados que permitia a troca
de informação através de processos automatizados (LASSILA e SWICK, 1997). Em
2004, foi anunciada a primeira recomendação RDF pela W3C, como um padrão para a
descrição de metadados de recursos. O objetivo desta recomendação é de fornecer
uma estrutura genérica para a descrição formal de qualquer recurso na web,
possibilitando interoperabilidade entre aplicações que passam a trocar
informações em um formato de representação único e simples de ser processado
por computadores. O M&S que aparece na nomenclatura da camada se refere a
Model and Syntax, o que faz todo sentido devido ao objetivo do RDF.
O próximo é o RDFSchema :
O RDFSchema
introduz premissas básicas que permitem falar de classes, subclasses, domínio e
restrições de valores das propriedades no contexto da web. Permitem aos
desenvolvedores definir um vocabulário básico para dados RDF e especificar o
tipo de objetos aos quais se aplicam esses atributos. O RDFS proporcionam um
mecanismo de tipagem básica para modelos RDF, utilizando termos definidos como:
Class, subPropertyof e subclassof. Os objetos RDF podem ser definidos como
instâncias de uma ou mais classes usando a propriedade type (GAUTHIER, 2008).
Apesar das
similaridades nos nomes, o RDF Schema não define ordem ou a maneira de
combinações de tags, nem nenhuma informação sobre a definição dos dados em si.
O RDF Schema provê informações sobre a interpretação das informações relativas
a um modelo RDF.
Por fim falaremos sobre Ontology (Ontologia):
Borst define muito bem a ontologia quando a define como "uma especificação formal e explícita de uma conceitualização compartilhada".
As quatro
áreas principais para a aplicação de ontologias segundo Jasper e Uschold (1999)
são: autoria neutra, ontologia como especificação, acesso comum à informação e
busca baseada em ontologia. Autoria Neutra: A informação é representada em um
único “idioma”, e a partir deste, pode ser convertida na linguagem local, sendo
independente da aplicação e proporcionando o reuso do conhecimento entre
aplicações diferente. Ontologia como especificação: A ontologia é utilizada
como case para a modelagem de um domínio, produzindo um vocabulário para
especificar os requisitos para uma ou mais aplicações. Acesso comum à
informação: A ontologia prevê um meio de entendimento compartilhado dos
diferentes termos utilizados, desta maneira a interoperabilidade entre
sistemas/pessoas e reuso do conhecimento são benefícios direto desta aplicação.
Busca baseada em ontologia: Uso das ontologias para melhorar o resultado de
buscas em um banco de dados heterogêneo no sentido de melhorar a precisão,
reduzir o tempo e obter maior alcance na busca.
Fonte:
MIRANDA, L. G. WEB SEMÂNTICA E WEB SOCIAL EM ENGENHARIA DO CONHECIMENTO. Disponível em <http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2009_TN_WIC_098_664_13224.pdf>
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