A metodologia MIKE (Model-based and Incremental Knowledge Engineering) na visão dos autores fornece métodos para o desenvolvimento de sistemas baseados em conhecimento, cobrindo todos os passos, desde a elicitação inicial até a implementação do projeto. Essa abordagem propõe a integração formal e semi-formal de especificações técnicas e de prototipagem para uma engenharia baseada em quadros (framework). O que distingue as metodologias MIKE e CommonKADS, é o fato da primeira integrar a prototipagem e o suporte incremental e reversível ao processo de desenvolvimento de sistemas :
·MIKE utiliza o modelo de especialista do CommonKADS como seu padrão de modelo geral e fornece uma suave transição entre a representação semi-formal, Modelo de Estrutura, e a representação formal, o Modelo KARL, além de uma implementação orientada a representação, o Modelo de Projeto. As suaves transições entre diferentes níveis de representação é essencial para permitir a prática de desenvolvimento incremental e reversível.
·Na metodologia MIKE a executabilidade do Modelo KARL permite a validação do Modelo de Especialista pela prototipação. A prototipação por sua vez melhora a integração do especialista no processos de desenvolvimento. As diferentes atividades de desenvolvimento da metodologia MIKE e os documentos resultantes dessas atividades estão dispostos na figura abaixo. Nessa metodologia o processo inteiro de desenvolvimento encontra-se dividido no números de sub-atividades.
A seguir serão apresentadas as atividades da metodologia MIKE, onde cada uma delas lida com diferentes aspectos do desenvolvimento do sistema. Estas atividades são: Elicitação, Interpretação, Formalização/Operacionalização, Projeto e Implementação.
A atividade de Elicitação é responsável pela aquisição de conhecimento. Utiliza-se o método de entrevista pra adquirir conhecimento do especialista sobre determinado domínio. O conhecimento resultante dessa fase é armazenado em linguagem natural no chamado Protocolos de Conhecimento.
A fase de Interpretação a estrutura de conhecimento que será identificada nos Protocolos de Conhecimento são representadas semi-formalmente pelo Modelo do Especialista: O modelo de Estrutura. Essa representação inicial fornece uma descrição da estrutura do conhecimento emergente e pode auxiliar na comunicação entre o engenheiro do conhecimento e o especialista.
A base para a Formalização/Operacionalização é o Modelo de Estrutura. Esse processo resulta no formal Modelo de Especialista: o Modelo KARL. KARL permite ser diretamente mapeado por uma representação operacional, pois, este é uma linguagem executável.
No Modelo de Projeto todos os requisitos, funcionais e não-funcionais, são propostos para o KBS (Knowlegde Based System ou Sistema Baseado em Conhecimento (SBC)).
Por fim no Modelo de Implementação o processo exposto no Modelo de Projeto é colocado em prática, implementando os requisitos de hardware e software previstos em um determinado ambiente.
Fonte:http://www.egc.ufsc.br/wiki/index.php/Processo_de_Engenharia_do_Conhecimento#RapidOWL
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