Como já mencionado em outras postagens sabemos que na computação ontologia é definida como “uma especificação formal e
explícita de uma conceitualização compartilhada” (GRUBER, 1993; BORST, 1997). E que a pesquisa sobre esta área foi incorporada à Engenharia do Conhecimento (EC), visto
o seu potencial de aplicação como meio de formalizar, representar, utilizar e
compartilhar
conhecimento. Os campos da integração de informação, recuparação de
informação na web e gestão do conhecimento são alguns dos favorecidos pelo uso de
ontologias(STUDER et al, 1998).
Apesar de em diversos estudos propostas para a metodologias de construção de ontologias Fernandez-López & Gómez-Peréz (2002) comentam que
não há metodologia completamente madura para o propósito de construção de
ontologias. Em cada metodologia existem atividades que deixam de estar compreendidas.
Sendo assim os autores afirmam que uma combinação de metodologias se tornaria para a construção de ontologias.
Esse conceito/ideia se tornou o pilar do ontoKEM como
ferramenta de Engenharia do Conhecimento para construção de ontologias, baseado-se nas metodologias 101 (NOY
& MCGUINNESS, 2008), On-to-Knowledge (FENSEL & HERMELEN, 2008) e METHONTOLOGY (GOMÉZ-PERÉZ et al, 2004). A seguir enumera-se as
contribuições de cada metodologia ao ontoKEM relacionada por um grupo de pesquisa da UFSC:
·
On-to-Knowledge:
metodologia que utiliza questões de competência como
modo simples e direto para determinar o escopo de uma ontologia e permite
identificar conceitos, propriedades, relações e instâncias. O ontoKEM faz
uso de
questões de competência na compreensão da aplicabilidade da ontologia, e
disponibiliza um artefato para documentá-las.
• METHONTOLOGY: metodologia que formaliza a
construção de ontologias
através de uma rica gama de artefatos de documentação (documentos-texto e
quadros). Estes artefatos são usados como modelos de documentos no
ontoKEM.
• Guia 101: metodologia que prega a
construção de ontologias num processo
iterativo de sete passos (determinar o escopo da ontologia, considerar o
reuso,
listar termos, definir classes, definir propriedades, definir restrições
e criar
instâncias). Este processo iterativo é adotado no ontoKEM.
Os pesquisadores ainda afirmam que "o grande apelo de utilização do ontoKEM reside no seu processo de desenvolvimento
e principalmente na gama de artefatos de documentação (relatórios e gráficos)
que a ferramenta gera para a aquisição e formalização do conhecimento. Este
fato é de grande valia, principalmente, atestado pelos engenheiros do conhecimento
e engenheiros elétricos envolvidos no atual projeto de pesquisa para o
desenvolvimento da ontologia de domínio para a gestão da média tensão. Ressalta-se
ainda que ontoKEM oferece a opção Exportar versão gera o arquivo OWL da
ontologia para fases posteriores. Assim, é possível realizar implementação/utilização emoutras ferramentas
computacionais, como por exemplo, a API Jena e Protégé. "
Para ler sobre os resultados obtidos por este grupo de pesquisa, você pode ler clicando aqui que redireciona para o artigo produzido por eles.
FONTE:
RAUTENBERG,
S. ; GAUTHIER, F. A. O. ; LOTTIN, P. ; DUARTE, C. E. J. ; TODESCO, J. L. OntoKEM: uma ferramenta para construção e documentação de ontologias. Disponível em <http://www.lbd.dcc.ufmg.br/colecoes/ontobras/2008/0014.pdf>
Nenhum comentário:
Postar um comentário